10 de jul. de 2009

Há um ano...

Hoje nosso curumim completa 5 meses. Tá lindão, esperto, com muita energia e um sorriso arrebatador. Nunca imaginei que uma gengiva fosse tão simpática.

Fiquei lembrando que, há cerca de um ano, vivíamos uma enorme expectativa para saber se a gravidez era uma realidade.

Realizáramos o procedimento de implantar os embriões dia primeiro de julho. Em doze dias, faríamos o teste do Beta Hcg para descobrir se eles haviam se fixado ou não na parede do útero.

Lembro que, passados os doze dias, colhemos o sangue. O resultado ficaria pronto no dia seguinte, à tarde.

Para deixar as coisas mais emocionantes, eu estava na época substituindo meu chefe. Daí não sabia se seria possível ir ao laboratório apanhar o laudo.

No dia aprazado, à tarde, tantas eram as ocupações que logo percebi que não daria para fugir um pouco. Assim, aproveitando que um dos motoristas tinha uma missão a cumprir no centro, pedi que retirasse para nós o resultado.

A tarde foi passando, as tarefas se acumulando, e vez por outra o coração disparava, sabendo que logo logo um pedaço de papel traria uma notícia fortíssima, para um lado ou outro. Evitava até ligar para minha esposa, para um não ficar alimentando a ansiedade do outro.

Certa hora, nosso chefão foi até a sala que eu ocupava e começou a dar inúmeros comandos e orientações. Atazanado, eu fazia anotações a torto e a direito, levantava-me apressado para buscar processos, mostrava tarefas já concluídas.

Mal notei que o motorista entrara, discretamente, e deixara sobre a mesa um envelope lacrado.

O chefão ainda permaneceu algum tempo por ali. Depois que ele saiu, ainda fiquei na azáfama de cumprir os prazos e concluir o trabalho por cerca de vinte minutos.

De repente, lembrei! Estava ali, a resposta! Trêmulo, balbuciei mentalmente uma prece, pedindo a Deus fosse realizada Sua vontade. Que, para nossa felicidade, coincidia com a nossa.

O resultado do Beta Hcg não deixava margem a qualquer dúvida. Pedro havia se agarrado, com unhas e dentes, no interior de sua mamãe. Graças a Deus!

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