9 de jan. de 2009

Livro - Bebê a Bordo


Uma ferramenta interessantíssima que temos utilizado na espera pelo Pedro é o livro "Bebê a Bordo - Guia para curtir a gravidez a dois", de autoria de Flávio Garcia de Oliveira.

O autor é um médico obstetra bastante experiente, que dividiu sua obra em capítulos tratando cada um de uma semana de gestação. Assim, os grávidos vão acompanhando, semana a semana, tudo o que deve estar acontecendo no interior do útero.

O livro tem uma linguagem simples, objetiva e bem agradável, mas sem abrir mão das informações médicas relevantes. O autor apresenta o tamanho aproximado do bebê naquela semana; quais os principais sintomas que a mãe deve estar apresentando; quais os exames necessários; e uma série de outras informações e conselhos úteis.

Além disso, traz orientações para gestações múltiplas e uma série de alertas e dicas para os pais marmanjos, distraídos ou não. Para finalizar, o livro ainda conta com ilustrações bem humoradas.

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7 de jan. de 2009

Dicas de Filmes - A Fantástica Fábrica de Chocolate


Sinopse

Willy Wonka é o excêntrico proprietário de uma fábrica de chocolates. Seus produtos, inventivos e saborosos, alcançam grande popularidade.

O mote condutor do filme é uma promoção realizada por Willy. Ele escondeu 5 cupons dourados nas embalagens do chocolate Wonka. Os felizardos que os encontrarem terão a oportunidade única de conhecerem a fábrica, dela podendo levar todo o chocolate que conseguirem carregar.

Inicia-se, assim, um grande frenesi mundial pelos produtos Wonka. Milhares de barras de chocolate são vendidas em questão de minutos. A mídia realiza uma cobertura maciça, e todos se perguntam: Quem irá ganhar?

Nas imediações da fábrica, vive a humilde família de Charlie Bucket, um garotinho que tanto admira os chocolates Wonka que chegou a construir uma réplica da fábrica usando tampas de dentifrício - obtidas por seu pai no próprio emprego.

Ele divide o lar com os pais e os quatro avós (que dormem juntos na mesma cama) e todos passam por privações. Um dos avôs de Charlie foi empregado da fábrica, e esse fato aumenta o fascínio do garoto por tudo o que diz respeito aos chocolate Wonka.

As dificuldades da família aumentam com o advento da promoção, pois o pai de Charlie acaba por perder o emprego. Em virtude do aumento assombroso do número de cáries provocado pelo consumo desenfreado de chocolate, a indústria onde trabalhava automatizou toda a produção e demitiu vários funcionários.

O frenesi pela promoção atinge a família Bucket, e Charlie consegue tentar a sorte em duas barras de chocolate adquiridas com sacrifício. Mas nenhuma delas estava premiada. Enquanto isso, a TV e os jornais divulgam os nomes dos primeiro quatro ganhadores.

Augustus Gloop, um rechonchudo garoto alemão; Veronica Salt, inglesinha aristocrática; Violet Beauregarde, campeã de caratê e outras modalidades; e Mike Teavee, garoto aficcionado por videogames. Os dois últimos, norte-americanos.

A sorte parece ter abandonado Charlie - os jornais até noticiam que um garoto russo encontrou o último cupom, para depois informar que se tratava de uma falsidade - quando ele se depara com uma nota de dez dólares na rua. Com ela compra uma barra e encontra seu pedacinho dourado de felicidade.

Os ganhadores podem levar um parente para a visita. No dia marcado, todos se surpreendem com a extravagante figura de Willy Wonka (que parece uma criança que cresceu demais) e com as maravilhas da fábrica, na qual os operários são os pequeninos Oompa-Loompas e onde existe até um rio de chocolate.

Com o transcorrer da visita, as crianças começam a se envolver em confusões: Augustus tenta beber o chocolate líquido, cai no rio e fica preso em um duto; Violet prova, apesar de desautorizada, um chiclete experimental e acaba inchando como uma bola violeta gigante; Veronica tenta pegar para si um dos esquilos da fábrica, acaba sendo atacada pelos animais e jogada no lixo; Mike tenta teletransportar-se em um aparelho especial e termina sendo miniaturizado.

À medida que esses incidentes ocorrem, as crianças e os respectivos parentes são afastados da visita. Apenas Charlie e seu avô permanecem acompanhando Willy Wonka. Ao perceber este fato (que apenas uma criança restara), Willy revela o verdadeiro motivo da promoção: que ele procurava, em verdade, um herdeiro, alguém para quem deixar a fábrica.

O filme, baseado em um livro homônimo de Roald Dahl, é muito divertido e ainda tem uma trilha sonora bem peculiar, com as músicas sendo cantadas pelos Oompa-Loompas.

Valores presentes no filme

Família - Certamente, o principal valor do filme, trabalhado em duas perspectivas distintas.

A primeira, na comparação entre as famílias das demais crianças e a família de Charlie. Há uma relação direta entre as situações que as crianças vivenciaram no interior da fábrica com a forma com que foram criadas.

Augustus come de tudo e em quantidade superior às próprias necessidades, sempre com a complacência dos pais. A mãe de Violet sempre a estimulou a competir e a ser melhor que as demais crianças. Já Veronica tem todos os caprichos atendidos, por mais estapafúrdios sejam. E Mike tem pais que ignoram seu potencial e não entendem seus anseios.

O único que parece viver em um lar equilibrado é Charlie; seus pais são humildes e trabalhadores, e esforçam-se por lhe proporcionar exemplos sadios de perseverança e confiança no futuro. Por outro lado, seus avós são carinhosos e o orientam com acerto.

Dessa forma, há um grande mérito na escolha de Charlie como futuro dono da fábrica.

O outro aspecto em que a família é trabalhada no filme diz respeito ao próprio Willy Wonka. Durante o filme, revela-se que ele teve uma relação tumultuada com o pai, dentista que abominava chicletes, doces e chocolates. Ao ser privado dessas produtos na infância, Willy acaba revoltando-se ao descobrir o sabor do açúcar e inicia sua trajetória de confeiteiro de guloseimas.

Ao final do filme, Willy reconcilia-se com o pai e adota a família de Charlie como sua.

5 de jan. de 2009

Dicas de Filmes

Um velho sonho se realiza.

Sou um grande fã de filmes ditos infantis, em especial de animações. Gosto particularmente quando o roteiro é de qualidade e proporciona, além da diversão dentro da sala de exibição, um conteúdo para refletir depois.

Pensando nisso, e aproveitando os momentos livres que antecedem a chegada do Pedro, vou compartilhar meus filmes preferidos. A ideia é apresentar uma pequena sinopse seguida de uma análise, despretensiosa, sobre alguns valores identificados no filme.

Seria mais ou menos como "Um guia de filmes para assistir com seus filhos".

Boa diversão!

Monstros SA

Carros

A Fantástica Fábrica de Chocolate

Dicas de Filmes - Monstros S.A.


Sinopse

O filme trabalha com a perspectiva de duas realidades: a dos humanos e a dos monstros. O lado de "lá" - representado pela cidade em que se desenrola boa parte da ação, Monstrópolis - é bem similar ao nosso, exceto pelos seus habitantes: monstros, com todos os caracteres com que nossa imaginação costuma pintá-los - chifres, dentes afiados, partes do corpo com tamanho desproporcional, pelos, garras, aspecto asqueroso, etc.

Mike e Sully são monstros empregados da firma "Monstros S/A" (Monsters Inc., no original). Sua tarefa é assustar crianças pequenas todas as noites. Assim, quando as crianças gritam, é armazenada uma certa quantidade de energia, vital para a sobrevivência e a comodidade do mundo dos monstros.

O ponto de contato entre os dois mundos é a porta do armário dos quartos de crianças por toda a Terra. É por esse canal que os monstros invadem momentaneamente o mundo humano, assustam as crianças e depois retornam. A empresa mantém um imenso depósito de portas, e as processa por um sistema industrial e automatizado, qual uma linha de produção. É uma verdadeira fábrica, com turnos, gerentes, recepcionista, vestiários, e etc. A Monstros S/A é responsável pela captação e pela posterior distribuição da energia em Monstrópolis.

Os dois monstros formam uma equipe: Sully é quem assusta as crianças, e Mike é seu auxiliar - manuseia o equipamento que controla as portas e armazena a energia. Dividem o mesmo apartamento e são muito amigos. Eles são os recordistas da empresa em quantidade de energia armazenada, e participam dos comerciais da companhia. Mike é o baixinho falante e resmungão, Sully é o grandão pensativo e de grande coração.

Existe a crença, no mundo dos monstros, de que crianças são potenciais transmissores de doenças. Há uma preocupação, por parte dos monstros assustadores, em evitar ao máximo o contato com os infantes e os objetos que fazem parte de seu quarto. Quando um desses objetos é trazido acidentalmente para o mundo dos monstros, há a adoção de medidas profiláticas urgentes e extremas. O órgão responsável por isso é a CDA - Child Detection Agency.

O enredo do filme inicia-se com o ingresso acidental de uma garotinha nas dependências da empresa e, como não poderia deixar de ser, no mundo dos monstros. A princípio, a culpa pelo acidente parecer ser de Sully, que havia retornado à linha de produção fora do horário de expediente, a fim de resolver uma pendência burocrática de Mike. No local, ele nota uma porta fora do depósito e resolve abri-la. É surpreendido então por Boo, uma pequena garotinha que passa a brincar com ele.

A reação de Sully é a de espanto e horror. Ele, que todos os dias assustava dezenas de crianças com seu rugido, foge espavorido do pequeno ser de olhos brilhantes e sorriso maroto que o persegue sem cessar, pois o enxerga como um grande e bonito brinquedo com o qual deseja se divertir.

A partir daí, Mike e Sully passam a experimentar grandes e cômicos sobressaltos a fim de encobrir a presença de Boo em Monstrópolis e para devolvê-la à casa dela. Por fim, eles acabam descobrindo que a presença da garotinha na empresa não fora acidental, mas sim integrava um plano urdido por Waternoose, dono da companhia, em conluio com um dos assustadores, a fim de aumentar a produção de energia por intermédio de tortura infligida a crianças trazidas para esse fim a Monstrópolis.

Durante a convivência com Boo, Sully percebe que o riso das crianças gera muito mais energia que o grito de pavor. Esse detalhe é essencial para o final do filme: uma vez descoberta a trama do diretor, a empresa passa por uma reformulação em seus princípios, e as turmas de assustadores passam a ser de "divertidores". O clima na fábrica também melhora muito, torna-se mais ameno e divertido.

A relação entre Sully e Boo é a principal linha de condução do filme. Inicialmente, ele a repele como quem repele um ser abjeto, e ela, em sua inocência, é toda ternura para com ele. Com o passar do tempo, o monstro vai se afeiçoando à criança, chegando ao final do filme como verdadeiro protetor da criança.

Valores presentes no filme

Aceitação das diferenças - Sully possuía inicialmente um preconceito: crianças são perigosas, transmitem doenças e podem arruinar sua carreira. Afinal de contas, são seres de outra dimensão, desconhecidos e imprevisíveis, e por esta razão, temíveis.

Com o tempo, essa falsa impressão vai se desfazendo, e a afeição real entre Sully e Boo vai se cristalizando. O medo inicial se transforma em curiosidade; depois em surpresa; por fim em amizade e amor.

Esse é um grande ensinamento, não só para as crianças como para os adultos: mesmo quem é diferente de nós, quem pensa e age de modo diverso, quem não se parece conosco merece nosso respeito e nossa consideração. Quando conhecemos melhor alguém, há uma chance maior de nos simpatizarmos e criarmos laços de afeição.

Energia do riso - A convivência com Boo faz Sully perceber que o riso dela produz mais energia do que seu grito de medo. Essa é a chave para a retomada da Monstros S.A. após o escândalo envolvendo o Sr. Waternoose.

Isto nos faz refletir que, em nossa vida, as relações construídas a partir da confiança e do respeito são muito mais sólidas do que as que se baseiam no medo e no temor uns pelos outros. Se isso é verdadeiro quando se fala das relações de modo geral, é particularmente mais válido no âmbito familiar.

Ter autoridade dentro da família não significa ter a obediência cega e incondicional por parte dos filhos e dos demais membros; representa, ao contrário, a necessidade constante de dialogar, respeitar, ouvir e compreender as demais vozes presentes no lar para, somente então, decidir.

Amizade - Por fim, o filme traz uma mensagem de amizade, na medida em que a relação entre Mike e Sully estremece ante as ocorrências, mas se fortalece cada vez mais.

(Nota: este texto foi escrito em 2003, e nele foi baseada uma contribuição feita à Wikipedia, no verbete Monstros SA)

Dicas de Filmes - Carros


Sinopse

A ação de Carros se desenrola em um mundo no qual os veículos - e em especial os carros - são a única forma de vida, ou ao menos a mais importante. O personagem principal, Relâmpago McQueen, é um carro de corrida.

O filme se inicia com a disputa da Copa Pistão. McQueen chega à última etapa empatado em número de pontos com O Rei, veterano das corridas, e com Chick Hicks, um carro que usa de estratégias escusas para alcançar melhores posições. Há uma grande expectativa em torno de McQueen, pois ele é estreante naquele ano, e nunca um estreante conquistara a Copa.

De temperamento difícil, McQueen trocou de chefe de equipe três vezes durante a temporada, e chega à ultima corrida contando apenas com os mecânicos, os quais trata com arrogância e desprezo. A corrida termina com um surpreendente e eletrizante triplo empate, com os três candidatos ao título cruzando a linha de chegada juntos.

A organização da Copa resolve, assim, marcar uma nova corrida dali a uma semana, na Califórnia, apenas com os três carros. McQueen sabe que O Rei irá se aposentar naquele ano, e ele almeja sua vaga na equipe Dinoco, a que conta com melhor estrutura na Copa Pistão. Desta forma, ele convence o caminhão que o transportará até o local, Mack, a viajar dia e noite seguidos, a fim de se preparar melhor.

Mesmo relutante, Mack concorda, e eles partem. Durante o trajeto, entretanto, McQueen acaba saindo acidentalmente do caminhão em um momento em que Mack cochila. Perdido, McQueen acaba tomando, sem saber, a famosa Rota 66, rodovia que perdeu o charme e o movimento de veículos quando a nova Rodovia Interestadual foi inaugurada.

McQueen acaba por chegar a Radiator Springs, pequena cidade esquecida à margem da Rota 66. E acaba preso por excesso de velocidade e por destruir a principal via de Radiator. Colocado em julgamento, é condenado à prestação de serviços comunitários: restaurar a pista por si destruída. Era tudo o que ele menos desejava, pois a reconstrução da pista consumirá os dias que ele pretendia utilizar preparando-se para a corrida e negociando com a Dinoco.

A partir daí, McQueen passa a conviver com os habitantes de Radiator Springs e, com o tempo, muda suas convicções a respeito do que importa na vida. De revoltado e rancoroso passa a resignado e gentil; de concentrado apenas na vitória e no sucesso, passa a atencioso e compreensivo, e é com esse espírito que disputa a corrida final da Copa Pistão.

Valores presentes no filme

Humildade - Creio que é este o principal valor trabalhado pelo filme. O McQueen do início é individualista e orgulhoso, deplora seus patrocinadores e auxiliares. Quando é preso em Radiator Springs, trata os habitantes locais como simplórios e desprovidos de inteligência.

Tal postura acaba por afastar as pessoas de si. É emblemática uma conversa mantida por McQueen com Harv, seu empresário, no início da viagem até a Califórnia. Harv informa que tem 20 ingressos para a última prova, destinados aos amigos de McQueen. Solicitado a nomear os felizardos, McQueen hesita e acaba não nomeando ninguém - porque não tem amigos.

O filme mostra a mudança de McQueen, que passa a valorizar mais o relacionamento com os semelhantes em detrimento das conquistas e da glória.

Solidariedade - O aprendizado que McQueen realiza o torna uma pessoa (vá lá, um carro) mais sensível aos problemas alheios. No final da corrida que decidirá o título, ele vê pelos telões do autódromo que Chick tirou O Rei da pista com uma manobra desleal, ocasionando a este um grave acidente.

McQueen freia abruptamente a poucos metros da linha de chegada, e retorna para auxiliar O Rei. Encosta seu pára-choque no do rival e o empurra até a linha de chegada. Ele, assim, abre mão do título para poder auxiliar alguém.

Cada família tem o Marley que merece

Fomos, a família toda, assistir a Marley e Eu. Tínhamos duas opções caninas, Marley ou Bolt. Ainda bem que conseguimos convencer a Bella a desistir do chamado Supercão.

Nenhum de nós havia lido o livro, mas já intuíamos uma história com final triste. Dito e feito, foi impossível conter as lágrimas. Creio que todos no cinema choraram, pois só ouvíamos fungadas e narizes sendo assoados.

Particularmente, o filme me fez relembrar os cães e cadelas que fizeram parte de meu passado, em especial a Suzete, cadelinha fox que nasceu um mês depois de mim e viveu por 14 anos, e o Tyson, que era o guardião da família amazonense quando cheguei.

Hoje em dia, temos um marley branco e magrelo, o Campeão. Já mencionei em outro post.



Campeão é um dogue alemão de 3 anos e mais de 50 kilos. Nasceu em Parintins e vive conosco desde os 3 meses de idade. É leal e brincalhão, mas às vezes se excede um pouco.

É um excelente cão de guarda, pois tem um latido potente e intimida pelo tamanho. Mas, conosco, é um anjo, e adora lamber qualquer parte de nosso corpo que estiver a seu alcance. Quando chega alguém, a primeira coisa que ele faz é cheirar, sem qualquer pudor, as partes íntimas do visitante.

No primeiro ano, tivemos várias situações como as narradas no filme do Marley. Roupas estraçalhadas, brinquedos destroçados, vasos de plantas revirados, até parte da moldura de gesso da porta ele comeu. Ele tinha uma implicância especial com as roupas de minha esposa: bastava que uma estivesse pendurada no varal que ele a transformava em trapos.

Cachorros não entram dentro de casa, mas de vez em quando ele se aventurava, acho que por pura curiosidade. Certa vez, eu deixara a fatura de meu cartão de crédito sobre a cama. Algum tempo depois, encontrei vestígios dessa fatura no pátio, totalmente destruída. Fui averiguar e descobri as patinhas do criminoso no trajeto. Sem qualquer explicação possível.

Com o tempo ele foi se acalmando e fazendo menos travessuras, mas, ainda hoje, se dermos bobeira, ele apronta. Se o almoço estiver na mesa e ninguém vigiar, ele vai direto na carne e come tudo sem deixar rastros.

Mas, obviamente, há muitos outros momentos de afeição e companheirismo. Numa noite de chuva aqui, as variações de energia fizeram com que o portão da garagem se abrisse sozinho. Não sabemos a que horas isso ocorreu.

Pela manhã, quando abrimos a porta, Campeão nos olhava aflito, alternando o olhar para o portão escancarado. Era como se ele quisesse nos avisar que algo estava errado.

O filme termina com o dono do Marley dizendo que um cachorro te ama independentemente de qualquer coisa, e isso é uma verdade indiscutível. Como em toda boa amizade, às vezes seu amigo faz algo que te desagrada, mas você logo perdoa e segue adiante.

4 de jan. de 2009

A Espera

Todos sabemos, a gravidez é uma espera. O pai espera, distraído, às vezes se surpreendendo com o tamanho da barriga ou com algum outro fenômeno que lhe escapa. Os avós esperam, confiantes, a chegada de mais um neto, em busca do tempo e dos esforços que tenham perdido com os próprios filhos. E a mãe, heróica como sempre, espera com doçura e paciência o desenrolar da vida dentro de si.

Na espera pelo Pedro, uma personagem se destaca: a Isabella.

Ela completou 9 anos em setembro último, e tudo o que ela espera, desde muito, é um irmão. Ela, de fato, tem 4 irmãos por parte de pai, mas só os viu em fotos na casa da avó e pela internet. Eles moram em outra cidade, e é muito pouco provável que venham a conviver algum dia.

Houve uma época em que ela fantasiava com os irmãos, fazia desenhos em que todos brincavam com ela, escrevia os nomes, guardava as datas de aniversário. Obviamente, apenas observávamos, algo compungidos, pois não havia como lhe tolher essa fantasia - embora a soubéssemos quase irrealizável.

O tempo passou, e ela acabou deixando um pouco de lado essa história. Mas não deixou de desejar um irmãozinho, ou melhor, uma irmãzinha, para dela cuidar como se fosse uma boneca.

Hoje, com a vinda do Pedro tornando-se uma realidade cada dia mais presente, ela é a mais ansiosa. Conversa com ele, lê poesia, beija-o constantemente. Dá bom dia, boa noite, tchau quando vai sair. E espera, ardente de uma saudade incrível.

E parece que toda essa torcida está dando certo. Segundo nossa médica, o Pedro está também ansioso para vir, e a previsão é de que ele nasça no final do mês de janeiro.