5 de jan. de 2009

Cada família tem o Marley que merece

Fomos, a família toda, assistir a Marley e Eu. Tínhamos duas opções caninas, Marley ou Bolt. Ainda bem que conseguimos convencer a Bella a desistir do chamado Supercão.

Nenhum de nós havia lido o livro, mas já intuíamos uma história com final triste. Dito e feito, foi impossível conter as lágrimas. Creio que todos no cinema choraram, pois só ouvíamos fungadas e narizes sendo assoados.

Particularmente, o filme me fez relembrar os cães e cadelas que fizeram parte de meu passado, em especial a Suzete, cadelinha fox que nasceu um mês depois de mim e viveu por 14 anos, e o Tyson, que era o guardião da família amazonense quando cheguei.

Hoje em dia, temos um marley branco e magrelo, o Campeão. Já mencionei em outro post.



Campeão é um dogue alemão de 3 anos e mais de 50 kilos. Nasceu em Parintins e vive conosco desde os 3 meses de idade. É leal e brincalhão, mas às vezes se excede um pouco.

É um excelente cão de guarda, pois tem um latido potente e intimida pelo tamanho. Mas, conosco, é um anjo, e adora lamber qualquer parte de nosso corpo que estiver a seu alcance. Quando chega alguém, a primeira coisa que ele faz é cheirar, sem qualquer pudor, as partes íntimas do visitante.

No primeiro ano, tivemos várias situações como as narradas no filme do Marley. Roupas estraçalhadas, brinquedos destroçados, vasos de plantas revirados, até parte da moldura de gesso da porta ele comeu. Ele tinha uma implicância especial com as roupas de minha esposa: bastava que uma estivesse pendurada no varal que ele a transformava em trapos.

Cachorros não entram dentro de casa, mas de vez em quando ele se aventurava, acho que por pura curiosidade. Certa vez, eu deixara a fatura de meu cartão de crédito sobre a cama. Algum tempo depois, encontrei vestígios dessa fatura no pátio, totalmente destruída. Fui averiguar e descobri as patinhas do criminoso no trajeto. Sem qualquer explicação possível.

Com o tempo ele foi se acalmando e fazendo menos travessuras, mas, ainda hoje, se dermos bobeira, ele apronta. Se o almoço estiver na mesa e ninguém vigiar, ele vai direto na carne e come tudo sem deixar rastros.

Mas, obviamente, há muitos outros momentos de afeição e companheirismo. Numa noite de chuva aqui, as variações de energia fizeram com que o portão da garagem se abrisse sozinho. Não sabemos a que horas isso ocorreu.

Pela manhã, quando abrimos a porta, Campeão nos olhava aflito, alternando o olhar para o portão escancarado. Era como se ele quisesse nos avisar que algo estava errado.

O filme termina com o dono do Marley dizendo que um cachorro te ama independentemente de qualquer coisa, e isso é uma verdade indiscutível. Como em toda boa amizade, às vezes seu amigo faz algo que te desagrada, mas você logo perdoa e segue adiante.

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