27 de jun. de 2010

Aprendendo a ser pai

O aspecto mais interessante da experiência da paternidade com o Pedro é ressignificar tudo o que eu achava ser correto enquanto pai da Bella. Como já dito em um post anterior, infelizmente nossos filhos mais velhos são cobaias, e acabam sendo balão de ensaio de nossas experiências.

Hoje eu percebo muitas das nuances de conviver com uma criança pequena, ausentes no meu relacionamento com a Bella. Por conta de nossas necessidades mútuas de aprendizado, passei a conviver com ela, de maneira mais intensa, quando ela tinha de três para quatro anos.

E lamento não ter compartilhado a primeira infância dela. Percebo com o Pedro como se formam laços invisíveis entre pais e filhos, ligações de cumplicidade, de confiança, de respeito e de entendimento.

Concluo que, se tivesse convivido com a Bella nessa época, seria hoje um pai mais compreensivo, menos rigoroso, mais amoroso. Teria mais recursos para entendê-la, suas reações, gostos, pendores e quereres.

Não dá para voltar atrás. Mas um exercício que tenho feito é o de enxergar o bebê dentro dela. Eu sei que fica complicado, ela está quase do tamanho da mãe, mas continua sendo uma criança. É meu bebezão, e é assim que lido com ela a partir de então. Com os dois, aprendo a ser pai.

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