15 de jun. de 2010

Lembranças de Copas

Bem, já que estou aqui de plantão durante o jogo Brasil e Coréia do Norte, relembro alguns fatos relativos a Copas passadas. Aliás, a todas as Copas de minhas lembranças.

Da Copa de 1978, na Argentina, não lembro nada.

Copa de 1982, Espanha, não lembro de ter visto nenhum jogo em particular, mas lembro da repercussão pela eliminação. Havia jogadores mineiros na Seleção (Cerezo, Éder Aleixo, Luisinho) e o próprio técnico era mineiro, Telê Santana. Lembro da tristeza e da revolta geral. Ah, e quando um jogador fazia um gol, a Globo mostrava a assinatura dele na tela, como um artista assinando sua obra.

Copa de 1986, México. Meu avô Martinho havia dado para cada neto uma vuvuzela (naquele tempo chamávamos apenas de corneta ou cornetão). Lembro que quase ninguém tinha força para tocar. No dia do jogo contra a França, quando fomos eliminados nos pênaltis, fui para a rua com o jogo ainda em andamento, para brincar com os vizinhos. Ninguém estava muito interessado. Depois meus tios ficaram reclamando que as cornetas tinham dado azar (pobre vovô).

Copa de 1990, Itália. Todo mundo xingando o Lazaroni e o Dunga. No dia da final (Alemanha e Argentina) estava em Itatiaiuçu, no sítio do tio Martinho Jr. Lá pelo segundo tempo (e o placar 0 a 0), a televisão fez "Puff" e queimou. Foram todos os assistentes escutar o final da partida no rádio de um dos automóveis. Assim, ninguém viu o gol do titulo da Alemanha ao vivo.

Copa de 1994, EUA. Mais uma final em Itatiaiuçu. Martinho Jr ficava falando antes das cobranças de pênalti: "Minha geração já viu três conquistas, tá na hora da geração de vocês ver pelo menos um campeonato". Os mais novos ficamos de joelhos e comemoramos muito quando Baggio errou a cobrança.

Copa de 1998, França. Era uma época muito festiva, pois estava me formando em Direito. Assisti alguns jogos com minha família e outros com os colegas. A final foi na casa de uma colega, e para falar a verdade não me lembro de muita coisa. Nesse tempo o álcool fazia parte de meus fins de semana.

Copa de 2002, Japão/Coréia. Já aqui em Manaus, a final foi numa manhã de domingo. Na hora do jogo, estávamos, eu e France, nas atividades da sopa da Fundação Allan Kardec. Os foguetes comemorando os gols interrompiam a palestra sobre o Evangelho, feita pelo José Alberto. Depois fomos entregar a sopa em uma cidade transbordando de alegria. Mais tarde, fomos a uma comemoração junina, com nossa turma de estudos da Doutrina. Foi quando se divulgou a notícia do desencarne do Chico Xavier.

Copa de 2006, Alemanha. Até bem pouco tempo atrás, não me lembrava de praticamente nada dessa Copa. Ficava me perguntando: "Quem era o técnico do Brasil?", ou "Qual time foi o campeão?" Só lembrava que não era o Brasil. Foi quando vi o filme oficial da copa no Sportv e lembrei do Parreira, da eliminação contra a França e da final vencida nos pênaltis pela Itália.

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